Já passou algum tempo desde a última partilha…

Não que, pelo menos para mim, pareça ter sido assim tanto tempo porque, para não variar, estes últimos meses têm passado “a voar” (a uma velocidade que me parece próxima da velocidade da luz). Mas factualmente, é verdade que a última partilha feita através do meu blog data já de julho.

O mês de agosto estaria planeado não para férias, mas para trabalhar e, na expetativa de um “mês tranquilo em registo de férias generalizadas”, conseguir abrandar e pensar mais estrategicamente, tratar de temas pendentes – daqueles que em função de outras urgências e premências se vão sucessivamente adiando até que se reúnam melhores condições para se lhes poder dedicar o tempo e atenção que “merecem” – e definir “intenções e objetivos” para os próximos tempos.

Mas, como sempre, “trocam-se” as voltas e o modo “profissional dos sete ofícios” levou-me a muito ter sido feito, processado, organizado e orientado, mas, ainda assim e aqui chegada, não conseguir deixar de sentir que há ainda muito de estrutural e mais estratégico a necessitar da minha atenção e foco.

E assim chegam as primeiras semanas de setembro, para muitos, tempo de voltar ao trabalho e às rotinas, depois de um merecido e tão necessário período de férias. E, por isso, a ocorrer-me que, antes de um “regresso” meu a publicações que também versem sobre temas técnicos, poderá valer a pena “desafiar” tantos quantos estarão a regressar aos compromissos, horários, reuniões e inúmeras responsabilidades e solicitações a “não perderem o foco”.

Mas foco em quê? Não vou inventar a roda das “frases bonitas” quando num dos últimos livros que tive oportunidade de ler (“O Santo, O Surfista e a Executiva” de Robin Sharma, o primeiro deste autor que, não sei bem porquê, “andava a evitar”) encontrei algo que anotei para ter à mão e relembrar sempre que necessário e que me parece interessante também para partilhar como potencial proposta de foco no regresso ao trabalho e às rotinas (profissionais e pessoais):

O Verdadeiro Caminho para o Sucesso:

  • Importante não é o ponto onde chegas na tua carreira. Importante é aquilo em que a viagem que fazes para chegar a esse lugar te torna enquanto ser humano. A verdadeira recompensa de uma vida bem vivida não se encontra no que obténs no fim do teu percurso, mas no que te tornas quando lá chegas.
  • Uma ideia espantosa – comentei.
  • É o processo da tua vida que constitui a chave dessa mesma vida, e não o lugar onde finalmente repousas. O sucesso não reside em atingires os teus objetivos: o sucesso reside nas transformações pessoais e nas mudanças forçosas de avançares na direção dos teus objetivos.A dádiva não é concretizares o objetivo, mas sim o que te tornaste, enquanto pessoa, ao longo desse caminho que te levou a esse teu objetivo específico. E, sinceramente, penso que só existem duas razões para trabalhar no mundo dos negócios. Primeiro, para valorizar as outras pessoas e para benefício de um bem maior; e, segundo, para crescer como pessoa. Para compreendermos quem somos verdadeiramente e, ao fazê-lo, fazermos as pazes connosco mesmos.
  • Quando finalmente descobrimos quem somos, fazemos as pazes connosco?
  • É a melhor maneira de viver uma vida rica e serena.
  • Faz todo o sentido…

Não raras vezes, no corre-corre do dia-a-dia profissional, é fácil perdermos o foco no que é verdadeiramente importante. Claro que é também importante cumprirmos o alcançar do nos propusemos atingir, darmos resposta ao que nos foi solicitado, “entregar” no momento certo.

Mas mais importante ainda será, durante o processo de concretização, criarmos um valor superior ao do objetivo a atingir: contribuirmos para o crescimento das nossas equipas, dos nossos pares, do capital humano da organização e, consequentemente, crescermos também enquanto Pessoas e Profissionais.

Mantendo-nos fiéis a quem somos, relembrando e calibrando sempre que necessário .

     

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