Sábado foi dia de “viagem no tempo”. A um tempo que parece já “de outras vidas”: aquele em que iniciei o meu percurso profissional numa grande escola que foi a KPMG.

O que sabia eu no final de uma licenciatura, eminentemente teórica? Apenas que tinha desenvolvido um espírito crítico, capacidade de questionamento, pesquisa e estudo, aprendido várias matérias, gostado mais de umas do que de outras e uma grande vontade de começar “no terreno e na prática”…

E curioso como me recordo ainda tão bem…A curiosidade e, já, um certo fascínio suscitado pelas aulas de Fiscalidade – cadeira opcional do 5.º ano, de uma licenciatura em Economia, ainda pré-Bolonha. Particularmente curiosa com o desfecho das “histórias contadas” pelo Professor Pinheiro Pinto, com recurso a “bonecos” que desenhava no quadro, relativas às implicações em sede do IVA de operações triangulares (“A estabelecido na China vende bens a B estabelecido na Alemanha que, por sua vez, vende a C estabelecido em Portugal”…).

Como está sempre “tudo certo”, acabei a ingressar na KPMG em 1999 e, pela “mão” de alguém que acabou a decidir por nós – na altura, três new joiners que iriam reforçar a equipa de Tax do escritório do Porto – acabei por ser eu a “sorteada” para integrar a área de Tributação Indireta.

E começou aí, verdadeiramente, a minha “modelagem” como profissional, com grandes professores e colegas que tanto me ensinaram, tecnicamente, quanto a métodos de trabalho, valores éticos, humanos e de conduta profissional e pessoal, nunca descurando os “básicos e essenciais” para um verdadeiro trabalho em equipa. Hoje reconheço que tive a “sorte” de começar a trabalhar numa organização, área técnica e equipa com líderes e colegas com quem, quase de imediato, me identifiquei.

Foram vários os desafios:

Desde logo o de, ao fim de uns meses de “estágio” em Lisboa e no regresso ao escritório do Porto, onde iria integrar uma equipa recém-criada na área da Tributação Indireta, contando com profissionais que também me inspiravam bastante enquanto pessoas (desde logo o meu primeiro “chefe” que, hoje, é um dos meus melhores amigos),

Me ter confrontado com duas saídas de peso que me fizeram, na altura, ficar a pensar: “Então e agora, que faço eu? Fico e arregaço as mangas? Ou será melhor “fugir já e a sete pés?”.

E, sim, fiquei e confiei que seria capaz, aceitando um desafio que me proporcionou o “ser mais depressa atirada aos leões” e, consequentemente, ter que “crescer mais rapidamente”, apesar de sempre com aquela rede de Pessoas e Profissionais que, tanto “ali ao lado”, como à distância de uns “telefonemas e emails”, me inspiraram a ambicionar tonar-me, em cada dia, uma profissional sempre mais próxima do meu máximo potencial.

E foi tanto o que acabou por ficar no meu ADN profissional daqueles quase 13 anos, desde que comecei a dar os primeiros passos no meu percurso profissional, até que senti um forte apelo de “ir conhecer o outro lado” – o da realidade dos “clientes/operadores económicos”, como forma de complementar o que, até então, tinha sido o meu papel de “consultora”.

Hoje sinto-me, sem sombra de dúvida, uma profissional mais completa tendo essa dupla “visão e experiência”: a da consultora e a da “atora no palco real das operações e decisões”. Mas a experiência no “terreno” não teria tido o mesmo “sumo” sem a “escola e aprendizagens” precedentes…

Mas, voltando ao reencontro do passado sábado com grandes Profissionais e Pessoas que fizeram e/ou ainda fazem parte da história da KPMG: não tenho grandes dúvidas que a profissional que sou “hoje” foi profunda e positivamente influenciada por muitos deles com quem tanto aprendi e que muito me inspiraram a procurar sempre padrões de elevada excelência, rigor e proficiência, sem descurar um grande espírito de entreajuda, inspiração mútua e, também, profundas e duradouras amizades.

É assim, para mim, um grande motivo de orgulho fazer parte dessa história que, inquestionavelmente, faz parte da minha identidade profissional e pessoal.

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